terça-feira, 17 de julho de 2012

Conclusão


O Bioma Pampa apresenta uma diversidade de espécies de plantas, animais, ecossistemas e tecnologias. Que são envoltas pela cultura e pelas politicas.

Políticas

  Nota-se claramente a ausência de Políticas Públicas da parte dos Governos, no sentido da Preservação do Bioma Pampa. Prova disso é o crescimento das áreas de Soja, Florestas, Arroz e outras atividades que vem a cada ano suprimindo grandes extensões de Campo Nativo. Na ordem de 500 mil ha ano. Comprometendo a Flora e a Fauna.
  Esse ambiente manteve-se preservado graças ao tipo de exploração pecuária, onde a 200 anos é produzido Carne a base de Campo Nativo.  Somente nas últimas décadas houve pequena alteração no modo de produção, com o advento das pastagens implantadas, onde parte do Campo Nativo foi substituído por azevém e aveia, além da adição de insumos (Adubos, Agrotóxicos, Vermífugos e Carrapaticidas).  Recentemente teve-se o reconhecimento do Público Pecuarista Familiar, através de Projeto de Lei, aprovado pela Assembléia Legislativa, onde é reconhecido esse Público. Um tipo de produtor que vive da produção de Gado e Ovelha, são responsáveis por 30% da produção de carne no Estado. No total são 60 mil famílias. Em nossa região são em torno de 25 mil. Não tendo avançado mais que a criação da Lei.   Há necessidade de uma outra percepção de nossa região, onde outras atividades que não produção de grãos possa melhorar as condições de vida das famílias que aqui vivem, sem agredir e comprometer os recursos naturais, também sem expor as famílias as variantes climáticas (secas).
Existe um potencial de mercado para os produtos deste Bioma, como a Carne Orgânica, Frutas, Legumes, Artesanato, Turismo e outros.  Por exemplo os mercados institucionais (Merenda Escolar, Hospitais e Presídios) e nichos mais especializados

Culturas


Nesse artigo vamos dar o conceito de cultura e entrar mais fundo na cultura gaucha.


O que é cultura?
São práticas e ações sociais que seguem um padrão determinado no espaço/tempo. Se refere a crenças, comportamentos, valores, instituições, regras morais que permeiam e "preenchem" a sociedade.
A cultura de cada lugar é referente ao tipo de povo e região, por exemplo, a população do Sul do Brasil tem a cultura de tomar chimarrão, dançar danças típicas e comer muito churrasco.

fonte:br.answers.yahoo.com/question/index?qid=20060620105743AAxpMs



Dialeto gaucho.
dialeto gaúcho é um dialeto do português falado no Rio Grande do Sul, e em parte do Paraná e de Santa Catarina. Fortemente influenciado pelo alemão e italiano, por força da colonização, Espanhol e pelo Guarani, especialmente nas áreas próximas à fronteira com o Uruguai, possui diferenças lexicas e semânticas muito numerosas em relação ao português padrão - o que causa, às vezes, dificuldade de compreensão do diálogo informal entre dois gaúchos por parte de pessoas de outras regiões brasileiras, muito embora eles se façam entender perfeitamente quando falam com brasileiros de outras regiões. Foi publicado um dicionário "gaúcho-brasileiro" pelo filógo Batista Bossle, listando as expressões regionais e seus equivalentes na norma culta.

Fonte: pt.wikipedia.org/wiki/dialeto_ga%C3%BAcho


Algumas expressões locais:

  1. agüentar o tirão = sustentar uma opinião;
  2. andar pelas caronas = andar mal, estar em dificuldade;
  3. arrastar a asa = enamorar-se;
  4. botar os cachorros = falar mal de alguém;
  5. chorar as pitangas = lamuriar-se;
  6. dar com os burros n'água = dar-se mal, ser mal sucedido;
  7. deitar nas cordas = fazer corpo mole;
  8. de orelha em pé = atento, de sobreaviso;
  9. de rédeas no chão = entregue, submisso, apaixonado;
  10. de varde = de balde, em vão;
  11. de vereda = imediatamente, já;
  12. é tiro dado e bugio deitado = acertar de primeira; ter certeza do que faz;
  13. entregar as fichas = ceder, concordar;
  14. estar com o diabo no corpo = estar furioso, insuportável;
  15. faceiro que nem gurí de calça nova = muito contente, alegre
  16. frio de renguear cusco = frio tão intenso que pode deixar um cachorro mancando;
  17. índio velho = camarada;
  18. ir aos pés = fazer as necessidades na patente;
  19. juntar os trapos = casar, viver junto;
  20. lamber a cria = mimar o filho;
  21. largar de mão = desistir, abandonar;
  22. lagartear = ficar sem fazer nada, ao sol, comendo tangerina (bergamota);
  23. matar cachorro a grito = estar sem dinheiro, estar na miséria, viver com dificuldade;
  24. meter a viola no saco = calar-se, desistir, acovardar-se;
  25. morar para fora = morar no campo (fazenda, sítio ou vila pequena)
  26. na ponta dos cascos = (estar) em posição excelente, pronto para atuar;
  27. no mato sem cachorro = em dificuldade, em apuros;
  28. olhar de cobra choca = olhar dissimulado;
  29. se aprochegar = chegar mais próximo, se acomodar;
  30. sentar o braço = surrar, espancar, esbofetetar, bater;
  31. terneiro guacho = tomador de leite;
  32. tunda de laço = apanhar;






História da evolução da indumentária gaúcha
As pilchas gaúchas possuem fontes originadas da mescla de europeu, índio e gaúcho. Isso se deve ao fato de terem misturas étnicas que formaram o povo gaúcho.

A fonte européia veio quando o colonizador chegou à América, com sua "indumentária", costumes e palavras. Muitas vezes seus trajes acomodaram-se com o clima e as atividades daqui.

A fonte indígena entrou em contraste com o gaúcho até pela adaptação que teriam de ter aqui. Como principal herança cita-se o pala e o chiripá.(chiripá palavra indígena que quer dizer para o frio)

Já o gaúcho criou peças que não copiou nem de europeus, nem de índios. As esporas chilenas- mesmo com este nome são gaúchas, as botas garrão de potro, guaiaca, pala-poncho, chapéu de pança-de-burro, tirador e outras peças.

Tais peças usadas, hoje, além do sentido histórico que possuem, retratam o passado de um povo rico culturalmente e de garra, coragem e pátria

Evolução da indumentária gaúcha
1620 - 1730
Traje indígena
 





Quando o homem que veio fazer a América - e se vestia à européia - aqui chegou encontrou, nos campos, índios missioneiros e índios cavaleiros. Índios Missioneiros: (Tapes, Gês-guaranizados) - constituíam a matéria-prima trabalhada pelos padres jesuítas dos Sete Povos. Os Missioneiros se vestiam, conforme severa moral jesuítica. Passaram a usar os calções europeus e em seguida a camisa, introduzida nas missões pelo Padre Antônio Sepp. Usavam, ainda, uma peça de indumentária não-européia, proximamente indígena - "el poncho" - isto é, o pala bichará. Essa peça de indumentária não existia no Rio Grande do Sul antes da chegada do branco, pois os nossos índios pré-missioneiros não teciam e nem fiavam.
Os Padres descobriram a atração que as vestes religiosas e as fardas militares exerciam sobre os índios e distribuíram essas roupas entre eles. Assim, figurar o Alferes Real Sepé Tiarayu, desnudo ou vestindo chiripá, é erro grosseiro. Ele usaria a farda correspondente ao seu alto grau militar, ou vestiria-se civilmente,com bragas, camisa e poncho.

A mulher missioneira, usava o "tipoy", que era um longo vestido formado por dois panos costurados entre si, deixando sem costurar, apenas duas aberturas para os braços e uma para o pescoço. Na cintura, usavam uma espécie de cordão, chamado "chumbé". O "tipoy" era feito de algodão esbranquiçado, mas em seguida se tornava avermelhado com o pó das Missões. Em ocasiões festivas, a índia missioneira gostava de usar um alvo "tipoy" de linho sobre o de uso diário. Apenas nas vestes religiosas, sobretudo nas procissões, as índias usavam mantos de cores dramáticas, como o roxo e o negro.

Índios cavaleiros: (Mbaias: Charruas, Minuanos, Yarós, etc):eram assim chamados porque prontamente se adonaram do cavalo trazido pelo branco, desenvolvendo uma surpreendente técnica de amestramento e equitação. Usavam duas peças de indumentárias absolutamente originais: o "chiripá"e o "cayapi".

O chiripá era uma espécie de saia, constituída por um retângulo de pano enrolado na cintura, até os joelhos. O cayapi dos minuanos era um couro de boi, inteiro e bem sovado (que se usava às costas) com o pêlo para dentro e carnal para fora, pintado de listras verticais e horizontais, em cinza e ocre. À noite, servia de cama, estirado no chão. Os charruas o chamavam de "quillapi" e "toropi".



A mulher, entre os índios cavaleiros, usava apenas o chiripá. No rosto, pintura ritual de passagem, assinalando a entrada na puberdade. No pescoço, colares de contas ou dentesde feras. De peças da indumentária ibérica, de peças da indumentária indígena e tantas outras, o gaúcho foi constituindo sua própria indumentária.


1730 – 1820
CHIRIPÁ PRIMITIVO






PEÃO

Pés descalços ou botas de garrão abertas na frente e amarradas abaixo dos joelhos com tiras de couro ou de lã. Esporas, ceroulas por dentro das botas ou as pernas nuas. Chiripá-saia e cinturão de couro sobre a faixa de tecido. Boleadeiras e pistola presa na cintura. Faca às costas, junto aos rins. Camisa com mangas amplas. Colete e poncho bichará. Na cabeça, os cabelos longos são amarrados por tira de couro ou lenço à marinheira. Usa o chapéu de palha ou de feltro.

MULHER RURAL
Usa a saia rodada de tecido de lã leve e camisa longa de algodão, ou ainda o vestido de indiana. Pés descalços. Flores ou fitas nos cabelos longos e trançados, ou ainda, um lenço na cabeça amarrado abaixo do queixo

BRAGA




ESTANCIEIRO
Meias e ceroulas de crivos ou de rendas. Botas fortes ou de garrão de potro e esporas de prata. Calções desabotoados abaixo dos joelhos, gibão de veludo ou lã com botões de moedas de prata. Colete de seda ou de algodão acabada por rendas. Lenço pequeno no colarinho. À cintura, leva o cinturão sobre a faixa, bem como a pistola. Na mão, o chicote tipo arreador e na cabeça, o lenço à marinheira e o chapéu de feltro de copa alta e barbicacho de seda. No ombro, o pala de seda ou de lã leve de vicunha.


ESTANCIEIRA
Sapatos e meias de seda, anáguas e corpete. Vestido de seda ou de algodão, com corte abaixo do busto. Leque e lenço na mão e jóias em excesso. Agasalha-se com capote ou xale. Na cabeça, os cabelos longos são presos com fitas e flores.







ESTANCIEIRO OU CHARQUEADOR
Botas russilhonas levantadas e calças por dentro das botas, sendo esta com recorte triangular na braguilha. Faixa na cintura e cinturão com enfeites de moedas. Camisa de algodão ou seda branca com rendas. Gravata de seda tipo tope, colete de seda ou algodão transpassado e gibão de veludo ou lã com botões em prata. Na cabeça, leva o chapéu de copa alta. Nas costas, junto com os rins, a faca, e na mão o chicote tipo arreador. Junto às botas as esporas de prata.

MULHER
Vestido longo de seda ou veludo, com corte na cintura. Decote mais ou menos amplo com o colo à mostra. Mangas bufantes até o cotovelo e justas até o pulso. Broche no pescoço e brincos. Cabelos presos com travessas ou flores. Leque na mão. Quando ao ar livre, usa chapéu com laços de fitas e penas de avestruz. Mantilha sobre o coque quando vai à igreja ou sobre os ombros quando ao ar livre.



1820-1865
CHIRIPÁ FARROUPILHA




PEÃO
Botas fortes ou de garrão, ceroulas de franjas, chiripá-fralda, faixa na cintura e cinturão com bolsos. Camisa branca, colete de algodão ou seda, gibão e lenço no pescoço ou na cabeça. Poncho " pátria ", forrado de vermelho e faca. Chapéu, tirador e laço. Esporas de ferro ou prata.

MULHER RURAL
Blusa de mangas com acabamento em rendas, saia longa e rodada complementada com casaquinho cortado à cintura de tecido leve. Travessas ou flores no cabelo preso. Usa, mais tarde, a sombrinha. A saia tem em sua barra um babado franzido ou de pregas.



1865 até nossos dias





HOMEM DA CAMPANHA
Bombachas e botas fortes. Colete e paletó. Camisa e lenço brancos e cinturão sobre a faixa. Chapéu de feltro e pala. Esporas de prata e chicote.

A GAÚCHA
Do início do século usa a saia e blusa ou vestido. A saia muitas vezes é estampada em tecido leve. Seu corte determina, às vezes, um babado ou pregas no final da mesma e esta é menos rodada do que na época anterior. A blusa tem mangas bufantes até o cotovelo ou são retas até o punho. A frente da blusa é enfeitada de babadinhos ou rendas ou como acabamento leva um fichu. A silhueta é marcada por um cinto bem apertado. Seus acessórios são a sombrinha ou o leque, os brincos e a corrente de ouro ou o broche. Calça botinhas ou sapatos fechados. Além da saia ou blusa, a nova gaúcha não deixa de usar a saia e o casaquinho que muito a caracterizam na época anterior.




O PEÃO
Bombachas de favos ou pregas, alpargatas ou botas fortes e chapéu ou boina, camisa listrada ou xadrez, jaqueta de brim ou lã, guaiaca e poncho. O lenço no pescoço, a faixa e o colete aparecem vez por outra. Usa a faca e a chaira. Não raras vezes, vê-se o peão calçando chinelos-de-dedo, galocha ou o chinelo de couro. Suas esporas, quando as têm, são de ferro.

A PRENDA 
1950 até nossos dias
Vestido de prenda com saia rodada e babados, ambos de tecidos de algodão, com estampado miúdo, de broderie ou de tecido de cor lisa. O corpo justo é fechado no pescoço, leva enfeites em rendas ou do mesmo tecido do vestido. As mangas ¾ bufantes ou não, vão até o cotovelo e babados dão o acabamento. Quando não leva babados no corpo, a prenda sobrepõe um fichu em renda crochê preso pelo broche. Meias brancas e bombachinhas e sapatos pretos. Xale de renda em lã crochê é o agasalho. Os cabelos presos ou soltos levam uma flor, e nas orelhas, os brincos balançantes.




Fonte: Gaúcho - Vestuário Tradicionalista e Costumes
Véra Stedile Zattera - 1996 - 2a edição.


O CHIMARRÃO
Sempre presente no dia-a-dia, o chimarrão constituiu-se na bebida típica do Rio Grande do Sul, ou seja, na tradição representativa do nosso pago. Também conhecido como mate amargo, como bebida preferida pelo gaúcho, constitui-se no símbolo da hospitalidade e da amizade do gaúcho. É o mate cevado sem açúcar, preparado em uma cuia e sorvido através de uma bomba. É a bebida proveniente da infusão da erva-mate, planta nativa das matas sul-americanas, inclusive no Rio Grande do Sul.
O homem branco, ao chegar no pago gaúcho, encontrou o índio guarani tomando o CAA, em porongo, sorvendo o CAÁ-Y, através do TACUAPI.
Podemos dizer, que o chimarrão é a inspiração do aconchego, é o espírito democrático, é o costume que, de mão – em - mão, mantém acesa a chama da tradição e do afeto, que habita os ranchos, os galpões dos mais longínquos rincões do pago do sul, chegando a ser o maior veículo de comunicação.
O mate é a voz quíchua, que designa a cuia, isto é, o recipiente para a infusão do mate. Atualmente, por extensão passou a designar o conjunto da cuia, erva-mate e bomba, isto é, o mate pronto.
O homem do campo passou o hábito para a cidade, até consagrá-lo regional. O Chimarrão é um hábito, uma tradição, uma espécie de resistência cultural espontânea.

       Os avios ou os apetrechos do mate constituem o conjunto de utensílios usados para fazer o mate. Os avios do mate são fundamentalmente a cuia e a bomba.
A CUIA NOVA
Quando a cuia é nova, é necessário curti-la antes de começar a matear. Para tal, é necessário enchê-la de erva-mate pura ou ainda misturada com cinza vegetal e água quente, que deve permanecer de dois a três dias, mantendo a umidade, para que fique bem curtida, impregnando o gosto da erva em suas paredes. O uso da cinza é para dar maior resistência ao porongo. Após o tempo determinado, retira-se a erva da cuia e, com uma colher, raspa-se bem o porongo, para retirar alguns baraços que tenham ficado.
VOCABULÁRIO
Caá = erva-mate
Caá-y = bebida do mate = chimarrão
Tacuapi= bomba primitiva, feita de taquara pelos índios guaranis


EM RELAÇÃO A COMPANHIA, O MATE PODE SER TOMADO DE TRÊS MANEIRAS
MATE SOLITO : quando não precisa de estímulo maior para matear, a não ser a sua própria vontade. É o verdadeiro mateador.
MATE DE PARCERIA : quando se espera por um ou mais companheiros para matear a fim de motivar o mate, pois não gosta de matear sozinho.
RODA DE MATE: é na roda de mate, que esta tradição assume seu apogeu, agrupando pessoas sem distinção de raça, credo, cor ou posse material. Irmanados num clima de respeito, o mate integra gerações numa trança de usos e costumes, que floresce na intimidade gaúcha.

CHIMARRÃO É RICO EM POESIA
Antigamente, Quando os namoros eram de longe, através de troca de olhares, os apaixonados utilizavam o mate como meio de comunicação e, de acordo com o que era posto na cuia, a mensagem era recebida e interpretada. Ao longo de sua história, o chimarrão é utilizado como veículo sutil de comunicação com objetivos sentimentais.
Atualmente, os costumes mudaram, mas o hábito do chimarrão permanece cada vez mais forte, caracterizando o povo gaúcho.

SIGNIFICADO DOS MATES
* Mate com açúcar: quero a tua amizade.
* Mate com açúcar queimado: és simpático.
* Mate com canela: só penso em ti.
* Mate com casca de laranja: vem buscar-me.
* Mate com mel: quero casar contigo.
* Mate frio: desprezo-te.
* Mate lavado: vai tomar mate em outra casa .
* Mate enchido pelo bico da bomba: vás embora.
* Mate muito amargo (redomão): chegaste tarde, já tenho outro amor.
* Mate com sal: não apareças mais aqui.
* Mate muito longo: a erva está acabando.
* Mate curto: pode prosear a vontade
* Mate servido com a mão esquerda: você não é bem vindo
* Mate doce: simpatia.

A LENDA DA ERVA MATE

Contam que um guerreiro guarani, que pela velhice não podia mais sair para as guerras, nem para a caça e pesca, porque suas pernas trôpegas não mais o levavam, vivia triste em sua cabana. Era cuidado por sua filha, uma bela índia chamada Yari, que o tratava com imenso carinho, conservando - se solteira, para melhor se dedicar ao pai.
         Um dia, o velho guerreiro e sua filha receberam a visita de um viajante, que foi muito bem tratado por eles. À noite, a bela jovem cantou um canto suave e triste para que o visitante adormecesse e tivesse um bom descanso e o melhor dos sonos.
         Ao amanhecer, antes de recomeçar a caminhada, o viajante confessou ser enviado de Tupã, e para retribuir o bom trato recebido, perguntou aos seus hospedeiros o que eles desejavam, e que qualquer pedido seria atendido, fosse qual fosse.
         O velho guerreiro, lembrando que a filha, por amor a ele, para melhor cuidá-lo, não se casava apesar de muito bonita e disputada pelos jovens guerreiros da tribo, pediu algo que lhe devolvesse as forças, para que Yari, livre de seu encargo afetivo, pudesse casar.
      O mensageiro de Tupã entregou ao velho um galho de árvores de Caá e ensinou a preparar a infusão, que lhe devolveria as forças e o vigor, e transformou Yari em deusa dos ervais, protetora da raça guarani.
       A jovem passou a chamar-se Caá-Yari, a deusa da erva-mate, e a erva passou a ser usada por todos os componentes da tribo, que se tornaram mais fortes, valentes e alegres.

RECIPIENTES PARA ÁGUA
CALDEIRA: recipiente grande, muito utilizada para aquecer grande quantidade de água, para diversas finalidades. é mais bojuda que o jarro, não possui tampa nem bico tubular. Os fogões à lenha possuem um recipiente chamado caldeira, que tem a mesma função da caldeira, semelhante ao jarro .
CHALEIRA GRANDE: de uso semelhante ao da caldeira. É muito encontrada nas cozinhas da campanha, nos fogões de barro e nos galpões e nos braseiros do fogo de chão. Por ser muito grande, seu manejo é incômodo.
CHALEIRA MÉDIA: Também conhecida por pava. Devido ao seu tamanho, é a mais usada, quer para aquecer a água, quanto para servir o mate.
CHALEIRA PRETA DE FERROvaria muito de tamanho e forma mas é o tipo mais comum. Com o uso, chega a criar uma crosta de picumã, que não deve ser removida, pois pode furar com facilidade.
CAMBONA PRIMITIVA: estas cambonas vinham da Inglaterra, com chá-da-índia. Eram feitas de cobre e possuíam a parte de baixo arredondada e sua alça era deita de arame ou de lata. Serviam para preparar alimentos, aquecer água. Tem um refrão popular, que muito bem traduz o quanto à cambona é desajeitada, virando com muita facilidade, que é: “Cambona em cima de tição, tomarás mate ou não!”
CAMBONA: pode ser feita de qualquer lata, pois sua finalidade é única e exclusivamente a de aquecer água, sem precisar de muito fogo. Sua confecção é simples, basta Um pedaço de arame passado várias vezes junto ao local da lata, deixando Um rabicho para pegar e está pronta a cambona. Alguns preferem improvisar um rabicho de arame na parte de cima ou uma alça de arame, prendendo em cima e em baixo da lata e ainda enfiam no rabicho ou na alça, um pedaço de osso de canela do gado, para evitar o calor ao pegar. A picumã, que adere à cambona, não deve ser retirado, pois enfraquece o recipiente.
CHICOLATEIRA: A chicolateira é um recipiente usado nos fogões campeiros, para aquecer a água. Ela difere da cambona, uma vez que possui alça, tampa e um pequeno bico. É um utensílio que requer algum acabamento. È muito usada, não só nos galpões e cozinhas campeiras, como também por carreteiros e tropeiros. O termo chicolateira é uma corruptela de chocolateira.


Fonte:








Tecnologia


                                               ENERGIA EÓLICA



    A energia eólica é a energia obtida pelo movimento do ar (vento). É uma abundante fonte de energia, renovável e limpa (não gera poluição e não agride o meio ambiente). 

      Grandes turbinas (aerogeradores), em formato de cata-vento, são colocadas em locais abertos e com boa quantidade de vento. Através de um gerador, o movimento destas turbinas gera energia elétrica. 

                         Fonte imagem: http: infosurhoy. com

ENERGIA EÓLICA NO BIOMA PAMPA

    O Rio Grande do Sul é responsável por 17,5% da energia eólica contratada no país.

  Existem cinco usinas eólicas no Rio Grande do Sul, mas apenas uma fica no bioma pampa : a usina eólica do Cerro Chato situada no município de Santana do Livramanto.

    O complexo faz parte de um grupo de quatro empreendimentos que a Eletrosul está  construindo no Estado.
  Sua construção foi iniciada em junho de 2010, e teve seu termino sendo inaugurada oficialmente no final da manhã do dia 16 de junho deste ano.

    O empreendimento é uma parceria da Eletrosul Centrais Elétricas, subsidiária da Eletrobras (90%) com a Wobben (10%). 

      Fonte imagem: blogsantanense.net

     O complexo conta com 45 aerogeradores que já estão em funcionamento e tem capacidade de geração de energia para este ano estimada em 300 gigawatts-hora (GWh).
    
    A capacidade instalada total do empreendimento de 90 MW é suficiente para atender o consumo de aproximadamente 500 mil pessoas: seis vezes a população de Sant’Ana do Livramento.

    O investimento de R$ 400 milhões tem como resultado a produção de energia limpa e  ainda a criação de 1.300 empregos diretos e 1.800 indiretos.

Fonte imagem:caderno7.com
         
 Ainda no Bioma Pampa :

  Próximo ao parque do Cerro Chato, a Eletrosul e seus parceiros estão construindo um segundo complexo, o de Livramento. São mais 78 megawatts (MW) de capacidade de geração, e que deverão ser entregues no primeiro trimestre de 2013.

 Outros dois complexos serão construídos em Santa Vitória do Palmar e Chuí, no litoral Sul do Estado que, juntos, irão gerar 402 MW.

Os três novos complexos produzirão energia suficiente para atender o consumo de aproximadamente 3,2 milhões de pessoas.

Conforme a Eletrobras, os investimentos nesses quatro parques eólicos somam mais de R$ 2,1 bilhões.


ARROZ É A NOVA FONTE DE ENERGIA LIMPA

Fonte imagem:brasil247.com

        
BIOCOMBUSTÍVEL FEITO A PARTIR DO GRÃO PODE TAMBÉM MELHORAR A RENDA  DOS PRODUTORES GAÚCHOS

    Duas empresas de agroindústria no Rio Grande do Sul, localizadas em São Borja (oeste do estado) e em Camaquã (no leste, próxima à Lagoa dos Patos), começam a produzir etanol do arroz, em escala experimental (ainda não comercial).
    A perspectiva é criar uma alternativa para a produção do combustível e no futuro ter mais uma destinação para o arroz não consumido como alimento (grãos quebrados, de tipo 3 e tipo 4)
    O arroz tem uma produtividade para etanol que pode se equivaler ao rendimento da cana de açúcar, e é superior a do sorgo e do trigo - 420 litros de etanol por tonelada de arroz, contra 400 litros de etanol por tonelada de trigo como produzido na Rússia, Canadá e Inglaterra.
    Em volume de litros, a capacidade de produção de etanol com arroz é o dobro da capacidade de produção de biodiesel com soja.Apesar do potencial, a produção em escala comercial de etanol de arroz ainda não tem previsão. A legislação brasileira apenas regula o uso do etanol extraído da cana.
    A Embrapa Clima Temperado, com sede em Pelotas (RS), está desenvolvendo um grão propício para a produção de etanol, com o dobro do tamanho da média. A nova linhagem de arroz, apelidada como gigante, foi apresentada na abertura oficial da colheita deste ano (fevereiro) e poderá chegar ao mercado em 2013 ou 2014.

                                     ARROZ GIGANTE PARA SILAGEM E ETANOL
    A Embrapa está desenvolvendo uma linhagem de arroz que tem o dobro do tamanho dos grãos convencionalmente usados na alimentação humana. O chamado arroz gigante não atende aos padrões da indústria e do consumidor brasileiro. No entanto, ele pode ser ótimo para a produção de álcool e para a alimentação animal.

Fonte imagem: rafaelnemitz.com

     A produtividade do arroz gigante é superior a 12 toneladas por hectare, o que é quase o dobro das cultivares tradicionais, que ficam entre 7,5 toneladas. Além de ser bastante produtiva, ela apresenta qualidades agronômicas como a rusticidade e a boa adaptação as áreas rizícolas do Rio Grande do Sul.
     Em média, mil grãos de uma cultivar normal pesa em torno de 25 gramas e nessa nova linhagem, mil grãos pesam 52 gramas. Isso nos dá mais possibilidade de matéria prima para o etanol. O que a gente tem percebido é que um quilo de arroz pode produzir em torno de 400 a 480 ml de álcool, ou seja, cada tonelada de arroz produz 480 litros de etanol — explica Ariano Magalhães, pesquisador da Embrapa Clima Temperado.

    Por enquanto, a linhagem foi registrada como AB 11047 e está cumprindo todas as exigências normativas para ser registrada como uma cultivar comercial e deve chegar às lavouras dos produtores em 2014.
 
 


Animais

Mamíferos no Bioma Pampa
Javali

     O Javali é um animal de origem europeia, que foi trazido para o Uruguai para servir de atração em safáris de caça. Mas fugiu do controle e invadiu a fronteira no pampa gaúcho, principalmente na região de Herval e se espalhando pelos municípios vizinhos. desde então vem causando problemas na lavouras de vários estados do Brasil, além de atacar e se alimentar com filhotes de outras espécies. O javali extermina tudo que vem pela frente, e como não tem um predador natural, é um impacto muito grande para a biodiversidade.

     Hoje, a única forma de controle que se tem é a caça, e no sul em algumas épocas do ano é liberado e o IBAMA estuda a ampliação para o Brasil todo.


Tatu
     É nativo do continente americano.
     O tatu tem grande importância ecológica, pos eles se alimentam de insetos, o que contribui para o controle de formigas e cupins. Na Universidade de Alegrete, foi feita uma pesquisa sobre a dieta dos tatus e foi constatado em um único exemplar de um tatu-mulita com 2,5 quilos é capaz de consumir 8855 invertebrados em uma única noite.
                                     



Boi
     O boi é descendente da Europa e da Ásia. Sua domesticação teve início há mais de 5000 e 6000 anos atrás. Os bovinos domesticados tinham várias serventias para o ser humano, como: animal de carga e a produção de leite em vida e carne/couro após a morte. Era incomum a criação de gado para alimentação, a carne do animal era consumida apenas se ele morresse ou não tivesse mais utilidades.      Hoje em dia os bovinos são os principais figurantes da indústria de produção de carne.
     Esta espécie foi domesticada pelo homem e é explorada para a produção de leite, carne, e pele (couro) e também como meio de transporte e animal de carga. Também os ossos são aproveitados para a fabricação de garinha, sabão e rações animais. O casco e os chifres tem usos diversos e os pelos das orelhas são usados para a confecção de pincéis artísticos.



Aves no Bioma Pampa

Existem mais de 385 espécies de aves no bioma pampa, a seguir explicaremos três tipos:


Nothura Maculosa: Mais conhecida como Perdiz. Ave característica do Bioma Pampa. Espécia associada ao ecossistema 'campo'. Faz seu ninho no chão, no meio da vegetação herbácea. A alimentação é essencialmente insectívora no primeiro mês de vida, após o qual se tornam praticamente herbívoros: grãos (trigo, cevada, aveia), bolota, folhas, rebentos, bagas, flores, e raízes de uma grande variedade de plantas espontâneas.


Vanellus Chilensis: Mais conhecido como Quero-quero. Ave símbolo do Rio Grande do Sul. Vive em regiões abertas, como campos e pastagens, sendo encontrado sempre no chão. Quando um observador se aproxima, fica sobrevoando a área emitindo estridente vocalização. O quero-quero é sempre o primeiro a dar o alarme quando algum intruso invade seus domínios. É uma ave briguenta que provoca rixa com qualquer outra espécie habitante da mesma campina. As capivaras tiram bom gosto da convivência com o quero-quero, pois, conforme a intonação, o grito dessa ave pode representar perigo.




Furnarius Rufus: O joão-de-barro é tido como um pássaro trabalhador e inteligente. Conhecido por suas casas feitas no alto de postes, tronco de árvores e até mesmo nos paus de currais. Curiosamente o joão-de-barro não utiliza o mesmo ninho por duas estações seguidas, ele faz um tipo de rodízio entre alguns ninhos e, na falta de um lugar adequado para construir um novo ninho, esta ave faz novas construções em cima ou ao lados dos antigos.




Répteis no Bioma Pampa


São catalogadas 110 espécies de repteis existentes aqui no bioma pampa.
  
Alguma delas é:  A Nova espécie de coral-verdadeira (Micrurus Corallinus).
É uma das espécies de cobra-coral verdadeira, pertencente à família dos Elapídeos. Alimenta-se de outros répteis inclusive outras serpentes, exceto cascavel. Seu veneno é caracterizado por apresentar uma alta neurotoxicidade associada com toxinas pré e pós sináptica, que causa entre outros sintomas paralisia do diafragma que resulta fatalmente em morte.
Os acidentes com essa espécie não são comuns devido aos dentes pequenos (dentição proteróglifa), são encontradas com facilidade no Rio Grande do Sul





Outra é a Tartaruga-verde-e-amarela ( Chrysemys dorbigni ) .
Apresenta carapaça de cor verde e amarela. Seu tamanho varia de 15 a 25 cm. Vivem nos rios, banhados, pântanos e açudes. Alimenta-se de pequenos invertebrados, peixes, sementes, frutos e algas .





E também temos a Cruzeira (Bothrops alternatus).
É uma das maiores viboras, pode atingir até 2 m de comp. Vive em campos, lugares altos e pedregosos e margens de matas. Alimenta-se de ratos, preás, aves e rãs. Sua peçonha é muito ativa.