O
que são Bacias Hidrográficas?
Entende-se por bacia
hidrográfica toda a área de captação natural da água da chuva que escoa
superficialmente para um corpo de água ou seu contribuinte. Os limites da bacia
hidrográfica são definidos pelo relevo, considerando-se como divisores de águas
as áreas mais elevadas. O corpo de água principal, que dá o nome à bacia,
recebe contribuição dos seus afluentes, sendo que cada um deles pode apresentar
vários contribuintes menores, alimentados direta ou indiretamente por
nascentes. Assim, em uma bacia existem várias sub-bacias ou áreas de drenagem
de cada contribuinte. Estas são as unidades fundamentais para a conservação e o
manejo, uma vez que a característica ambiental de uma bacia reflete o somatório
ou as relações de causa e efeito da dinâmica natural e ação humana ocorridas no
conjunto das sub-bacias nela contidas. A bacia hidrográfica serve como unidade
básica para gestão dos recursos hídricos e até para gestão ambiental como um
todo, uma vez que os elementos físicos naturais estão interligados pelo ciclo
da água.
Como
se formam as Bacias Hidrográficas?
A formação da bacia
hidrográfica dá-se através dos desníveis dos terrenos que direcionam os cursos da
água, sempre das áreas mais altas para as mais baixas. E é essa tendência que a
água tem em seguir uma determinada orientação dada pelo relevo e pelo efeito da
gravidade pode ser chamada de bacia hidrográfica.
Para
que servem as Bacias Hidrográficas?
A análise e o conhecimento
das bacias hidrográficas são de fundamental importância, pois a água é
um recurso natural essencial para a manutenção da vida na Terra. As águas desses rios são
utilizadas para o consumo humano, agricultura, produção industrial, etc. As
bacias hidrográficas devem ser preservadas, garantindo, assim, água de boa qualidade para todos os seres vivos.
Quais
as Bacias Hidrográficas do Bioma Pampa?
Este bioma é composto por
duas bacias hidrográficas, Costeira do Sul e Rio da Prata.
Bacia
Hidrográfica do Rio da Prata - O Rio da
Prata tem origem no encontro dos rios Paraná, Uruguai, Iguaçu e Paraguai. Esses
quatro rios são os principais formadores dessa bacia, de 1.397.905,5 km² - a
segunda maior do país - e se estende entre Brasil, Uruguai, Bolívia, Paraguai e
Argentina. O Rio Paraná com 2.940 km nasce na junção dos rios Paranaíba e
Grande. O rio Uruguai forma-se pela junção dos rios Canoas e Pelotas, na divisa
entre os estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, seu percurso total é de
1.770Km da junção de seus formadores até a foz do Quaraí perfaz 1.262Km. Em
Julho de 2000, o Rio Iguaçu, é cenário de um dos maiores desastres ecológicos
da história do país: cerca de 4 milhões de litros de óleo, vazam da refinaria
Presidente Getúlio Vargas da Petrobrás, e formam uma mancha de quase 20km de
extensão no rio, afetando o equilíbrio ecológico da região.
Bacia Hidrográfica Costeira do Sul- Possui 185.856 km² de extensão (2% do
país), passando por Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Esta região vai
do extremo sul de São Paulo até o arroio Chuí, na fronteira com o Uruguai,
passando por todos os estados do sul, num total de 192,8 mil quilômetros
quadrados. É coberta por umas poucas manchas remanescentes de mata atlântica e
tem também alguns campos de planalto. Cerca de 11,6 milhões de pessoas vivem na
região, que inclui cidades importantes, como Paranaguá (PR), Joinville e
Florianópolis (SC), Pelotas e Porto Alegre (RS). É a região que apresenta os
melhores indicadores sociais do país, tanto no Produto Interno Bruto per capita
ou no Índice de Desenvolvimento Humano.
Fontes:
O Aquífero Guarani
O termo aquífero Guarani foi proposto há alguns
anos, numa reunião de pesquisadores de várias universidades de países do cone
sul (Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai), como uma forma de unificar a
nomenclatura de um sistema aquífero comum a todos eles, e em homenagem à nação
dos índios guaranis, que habitavam a área de sua abrangência.
Anteriormente, este aquífero era conhecido aqui no
Brasil pelo nome de Botucatu, pelo fato de que a principal camada de rocha que
o compõe ser um arenito de origem eólica, reconhecido e descrito pela primeira
vez no município de Botucatu, estado de São Paulo.
O Aquífero ocorre nos estados de Mato Grosso do
Sul, Goiás, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do
Sul, Atingindo também os países Argentina, Paraguai e Uruguai.
É, portanto um sistema transnacional. A área total de ocorrência chega a 1.400.000 quilômetros quadrados, dos quais cerca de um milhão está em território brasileiro. Sua dimensão norte-sul no Brasil chega a 2000 quilômetros.
O Aquífero Guarani é o maior manancial de água doce
subterrânea transfronteiriço do mundo, este aquífero é responsável por cerca de 80 % do total da água acumulada
na Bacia sedimentar do Paraná.
A espessura total do aquífero varia de valores
superiores a 800 metros até a ausência completa de espessura em áreas internas
da bacia. Considerando uma espessura média aquífera de 250 metros e porosidade
efetiva de 15%, estima-se que as reservas permanentes do aquífero (água
acumulada ao longo do tempo) sejam da ordem de 45.000 Km³.
Em regiões onde o
aquífero está a mais de 1000 metros de profundidade a água pode atingir
temperaturas de até 50 graus Celsius, sendo muito útil em alguns processos
industriais, hospitalares, no combate à geada e para fins de recreação e lazer.
Estudos têm
revelado que as águas do aquífero Guarani ainda estão livres de contaminação. Contudo
considerando que a área de recarga coincide com importantes áreas agrícolas
brasileiras, onde se tem usado intensamente herbicidas, é de se esperar que sejam
necessárias medidas urgentes de controle, monitoramento e redução da carga de
agrotóxicos, sobre pena de se vir a ter sérios problemas de poluição.
O Aquífero Guarani constitui-se em uma importante reserva
estratégica para o abastecimento da população.
Sua recarga natural anual (principalmente pelas
chuvas) é de 160 Km³/ano, sendo que desta, 40 Km³/ano constitui o potencial
explotável sem riscos para o sistema aquífero.
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Além do
Guarani, sob a superfície de São Paulo, há outro reservatório, chamado
Aqüífero Bauru, que se formou mais tarde. Ele é muito menor, mas tem
capacidade suficiente para suprir as necessidades de fazendas e pequenas
cidades.
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Nas
margens do aqüífero, a erosão expõe pedaços do arenito. São os chamados
afloramentos. É por aqui que a chuva entra e também por onde a contaminação
pode acontecer.
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O
líquido escorre muito devagar pelos poros da pedra e leva décadas para
caminhar algumas centenas de metros. Enquanto desce, ele é filtrado. Quando
chega aqui está limpinho.
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A cada
100 metros de profundidade, a temperatura do solo sobe 3 graus Celsius.
Assim, a água lá do fundo fica aquecida. Neste ponto ela está a 50 graus.
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Figuras e Textos
Extraídos da Revista Interessante n° 07 anos 13
muito bom
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